O cenário do comércio eletrônico está em constante evolução, e um levantamento revela que o Brasil está na vanguarda desse crescimento. Segundo uma pesquisa da CupomValido, o país alcançou o topo do ranking global de crescimento das vendas online, registrando um impressionante aumento de 22,2% no ano de 2022. Além disso, as projeções indicam que as compras online devem crescer a uma taxa anual de 20,73% até 2027.
O que impulsiona esse crescimento tão expressivo? Dois fatores principais emergem como impulsionadores desse fenômeno no contexto brasileiro.
Em primeiro lugar, a pandemia desempenhou um papel crucial. Com o fechamento das lojas físicas durante os períodos de lockdown, muitos brasileiros foram impulsionados a experimentar o comércio eletrônico pela primeira vez. A conveniência das compras online, aliada a métodos de pagamento instantâneos como o Pix e a entrega rápida, contribuíram para que esses consumidores se tornassem recorrentes nesse ambiente digital.
Além disso, outro fator que merece destaque é o índice de penetração das compras online, que ainda é relativamente baixo no Brasil em comparação com países desenvolvidos. Enquanto no Reino Unido, Estados Unidos, Japão e Alemanha a grande maioria da população já realiza compras online regularmente, no Brasil apenas 49% dos brasileiros realizaram ao menos uma compra online no último ano.
Essa disparidade indica um vasto potencial de crescimento no mercado brasileiro. Enquanto em países desenvolvidos o mercado está próximo da saturação, no Brasil há um amplo espaço para expansão à medida que mais consumidores adotam o comércio eletrônico como parte de seu cotidiano.
Olhando para o futuro, o cenário do comércio eletrônico no Brasil se apresenta promissor. Com o crescimento contínuo da infraestrutura digital, o aprimoramento das experiências de compra online e o aumento da confiança do consumidor nesse canal, é provável que o país continue a liderar o caminho no mercado global de comércio eletrônico nos próximos anos.
Mas vamos aos dados atuais!
E-commerce no Brasil em 2023 O faturamento do e-commerce no Brasil em 2023 foi de R$ 185,7 bilhões, segundo dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), com Ticket Médio de R$ 470,00 (um crescimento de 2% em relação ao ano anterior), 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de consumidores virtuais.
De acordo com informações fornecidas pela NuvemShop, os e-commerces de pequeno e médio porte geraram aproximadamente R$ 703 milhões no primeiro trimestre de 2023. Esse valor representa um aumento de 23% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Um dos pontos mais notáveis deste trimestre foi o desempenho durante o Dia do Consumidor, que registrou um crescimento de 31% em relação ao ano anterior.
Durante o período de 1 a 15 de março, a edrone registrou o envio de mais de 300 mil e-mails, resultando em um faturamento médio superior a R$ 200 mil por loja, totalizando um montante de R$ 38.369.772,95. A plataforma polonesa atende quase 200 clientes no Brasil, abrangendo diversos portes e segmentos de mercado.
Observou-se um aumento significativo no faturamento médio por loja em certos setores durante a primeira metade de março em comparação com a primeira quinzena de fevereiro. Setores como Móveis (+20,6%), Acessórios de Viagem (+8,4%) e Artigos Religiosos (+5,7%) apresentaram crescimento, enquanto outros, como Artigos Esportivos (-23,4%), Saúde (-18,9%) e Casa e Jardim (-17,5%), experimentaram uma redução nas vendas.
O Natal de 2023 também trouxe resultados positivos para o e-commerce no Brasil, com um aumento de 2,4% nas vendas online, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Segundo dados da edrone, os nichos de e-commerce com melhor desempenho durante o Natal de 2023 foram roupas para crianças e bebês, roupas e acessórios para adultos, e itens de saúde e beleza. O ticket médio mais alto foi registrado em lojas virtuais de roupas e acessórios para adultos, com uma média de R$ 229,49, seguido por itens de saúde e beleza com R$ 179,61 e roupas infantis com R$ 158,54.
Embora as roupas e acessórios sejam tradicionalmente populares durante as compras de Natal, a mudança no comportamento do consumidor está impulsionando o crescimento desses mercados no ambiente digital. Portanto, manter uma comunicação personalizada com os clientes tornou-se essencial para se destacar da concorrência.
E-commerce no Brasil em 2024
A expectativa segue em alta para o comércio eletrônico em 2024. Segundo projeções da Abcomm Forecast o faturamento das lojas virtuais no Brasil deve superar os 200 bilhões, com um ticket médio de quase R$ 500,00 e mais de 90 milhões de compradores virtuais.
Faturamento do E-commerce no Brasil
Ao analisar o gráfico da Abcomm Forecast é fácil perceber que a previsão do crescimento do faturamento dos e-commerce no Brasil é contínua podendo ultrapassar os 250 bilhões até 2027, por isso as lojas virtuais continuam sendo criadas, principalmente por pequenos emédios emrpeendedores em busca do seu lugar ao sol. Nesse cenário, entender o consumidor é fundamental para se destacar da concorrência.
Perfil do consumidor do e-commerce no Brasil
Embora as expectativas para o e-commerce no Brasil em 2022 até 2026 sejam muito animadoras, é preciso incluir nessa equação o aumento exponencial de novas lojas online. Segundo dados da Visa Consulting & Analytics, cerca de 70 mil empresas entraram para o e-commerce desde o início da pandemia, em 2020, e esse número não para de crescer. Em 2022, a Abcomm registrou a abertura de 36 mil lojas virtuais no Brasil, chegando a marca de 565.300 sites de comércio eletrônico registrados no país, um crescimento de 6,82% em relação a 2021.
Nesse cenário, para surfar a onda do crescimento do comércio eletrônico e aproveitar os novos compradores virtuais, que de 83,79 milhões em 2022, devem chegar a mais de 102 milhões em 2027, é preciso oferecer um diferencial competitivo com relação à concorrência. Um desafio que pode ser ainda maior para pequenos e médios negócios.
Primeiro vamos entender um pouco sobre o perfil dos consumidores no Brasil. Segundo dados da Abcomm, em 2022 as mulheres representam 58% dos clientes dos e-commerces, e mais de 50% dos consumidores virtuais têm entre 25 e 44 anos e estão concentrados na região sudeste do país. Além disso, o consumo via mobile representa cerca de 55% de todas as vendas, contra 45% via desktop – e esse número deve crescer nos próximos anos.
Não é à toa que os marketplaces têm apostado nos aplicativos de compra, facilitando o acesso via mobile. Segundo a pesquisa State of Mobile 2022, o aplicativo de compras mais baixado no Brasil em 2021 foi o da Shein. Já em 2022, quem tem o aplicativo de e-commerce mais popular é a Shopee, que acumulou mais de 9 milhões de downloads somente no segundo trimestre deste ano. O segundo e terceiro lugar no mesmo período ficaram com Mercado Livre e Magazine Luiza.
Neste mesmo estudo, o Brasil figura como o país com a maior taxa de crescimento anual no tempo gasto em aplicativos de compra, passando de 1,7 bilhões de horas em 2020 para 2,5 bilhões de horas em 2021 – um crescimento de 52%. E isso apenas em dispositivos Android!.
Vale destacar que a compra via celular também tem ficado muito mais fácil com a ajuda da busca por voz, uma das principais tendências do e-commerce em todo o mundo. A grande verdade é que, para preparar o seu e-commerce para os próximos 10 anos, será imprescindível colocar o consumidor em primeiro lugar e se antecipar as suas necessidades e o mobile first já é uma realidade, sendo que as compras pelo celular já ultrapassaram as compras realizadas pelo computador, conforme podemos ver no gráfico da Abcomm abaixo.
