E-commerce de verão: confira os principais produtos para o período

O verão 2025 trouxe bons resultados para algumas categorias de produtos de verão no e-commerce brasileiro, como cadeiras de praia, guarda-sóis, bóias e botes infláveis. No entanto, o cenário não é completamente ensolarado, pois o setor registrou uma queda geral de 3,6% nas vendas em comparação ao verão anterior.

Comparando períodos de vendas

Os dados, fornecidos pela Neotrust Confi, analisaram dois períodos específicos: de 10 de dezembro de 2023 a 10 de janeiro de 2024 (verão 2023/2024) e o mesmo intervalo no ano seguinte (verão 2024/2025). Apesar do crescimento geral do e-commerce brasileiro em 13,3% de um ano para outro, os produtos relacionados ao verão não acompanharam esse ritmo, apresentando uma retração em diversas categorias.

Os destaques e as quedas

Dentro do setor de verão, algumas categorias registraram um aumento expressivo nas vendas:

  • Cadeiras para piscinas e praias: +84,4%
  • Caixas térmicas e coolers: +74,1%
  • Barcos infláveis: +68,0%
  • Guarda-sóis: +37,8%
  • Acessórios para piscinas e praias: +36,2%

Por outro lado, itens como roupas e acessórios pessoais apresentaram quedas significativas:

  • Camisetas de proteção solar UV para adultos: -45,7%
  • Maiôs para adultos: -30,7%
  • Sungas para adultos: -30,4%
  • Piscinas infláveis: -19,4%

Além disso, na categoria de Ar e Ventilação, enquanto ventiladores registraram um crescimento de 4,2%, os aparelhos de ar-condicionado tiveram uma queda de 5,5%.

Temperaturas influenciam o comportamento do consumidor

Um dos fatores que explicam essa retração nas vendas é a diferença de temperatura entre os dois verões analisados. No período de 2023/2024, a média de temperatura nacional foi de 29,3 graus, enquanto em 2024/2025 caiu para 27,5 graus.

Em São Paulo, uma das regiões mais observadas, a média caiu de 29,2 graus no verão passado para 27,2 graus neste ano. Essa mudança parece influenciar diretamente o consumo de produtos correlatos ao calor.

Por exemplo, na categoria Ar e Ventilação, a relação entre temperatura e faturamento é evidente. Em dias abaixo de 30 graus no início de janeiro de 2024, o faturamento médio diário foi de R$ 3,2 milhões; em dias acima de 30 graus, subiu para R$ 18,4 milhões; e nos dias com 35 graus ou mais, alcançou R$ 27,4 milhões.

O que esperar do mercado?

Apesar da queda em algumas categorias, o verão 2025 demonstrou que produtos de lazer e conforto para o calor, como cadeiras, coolers e barcos infláveis, continuam em alta. Por outro lado, itens mais voltados para moda ou grande investimento, como piscinas infláveis e roupas de proteção, sentiram os impactos das temperaturas mais amenas.

A relação entre o clima e o comportamento do consumidor é um fator crucial para o planejamento estratégico de marcas e varejistas. Monitorar essas tendências e adaptar-se a elas pode ser o diferencial para transformar dias mais frios em resultados quentes no e-commerce.

Conclusão

Embora o verão 2025 tenha trazido desafios para o setor, ele também revelou oportunidades claras para categorias específicas. A chave é entender como as variáveis externas, como o clima, podem impactar as vendas e ajustar as estratégias para atender às demandas em constante mudança dos consumidores.

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